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Mão-de-obra nas panificadoras (II)

Gente Nova na Padaria


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Publicada em 24/01/2007 09:44:21 Adicionar





Mão-de-obra qualificada, comprometida com a área, disposta a aprender com os veteranos e repassar o que há de moderno no mercado. Este é o perfil dos estagiários, estudantes do oitavo período do Curso de Engenharia de Alimentos oferecido pelo UNI-BH (Centro Universitário de Belo Horizonte), que desde o início deste ano estagiam na área de produção de 12 padarias associadas a Amipão (Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação).

O estágio, classificado como curricular não obrigatório, objetiva despertar interesse do profissional da área de alimentação para a Panificação, uma área promissora e que requer acompanhamento e eficiênciapara apadronização dos produtos, boas práticas de fabricação e gerenciamento da produção. “Estamos nos preparando para um novo conceito de indústria de panificação e a atuação dos estagiários permite a implantação de técnicas, segurança e processos de todos os benefícios da engenharia de alimentos a uma padaria”, comenta Antônio de Pádua Moreira, um dos presidentes da Amipão.

Hoje, o mercado nacional da Panificação é muito mais exigente se comparado ao exterior. As padarias brasileiras necessitam cumprir uma série de pré-requisitos estipulados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a inserção dos estagiários de Engenharia de Alimentação no ambiente das panificadoras facilita o alcance dessas condições. “As principais tarefas implementadas pelos alunos nas padarias são direcionadas à segurança alimentar. Vários são os focos de contaminação dos alimentos durante a sua produção, os estagiários possuem amplos conhecimentos de higiene e têm contribuído significativamente para o aumento da qualidade do pão produzido”, reforça o coordenador da Engenharia de Alimentos do UNI-BH, André Guimarães.

MÃO NA MASSA
É fato que os estagiários da Engenharia de Alimentos que integram o programa de estágio não precisam, a todo o momento, manusear as massas dos alimentos produzidos pelas panificadoras. Entretanto, eles efetuam e acompanham diariamente todos os conceitos aprendidos em sala de aula ou na planta-piloto, estrutura que envolve diferentes laboratórios de tecnologia de alimentos, como o de Panificação.

Para alguns alunos, essa oportunidade os integra e aperfeiçoa seus embasamentos técnico e teórico. “Sem dúvida nenhuma, o estágio é uma atividade que complementa e aprimora o que vejo na faculdade. Através dele consigo ter uma noção mais ampla do funcionamento de uma padaria, mesmo daquelas áreas em que não trabalho diretamente”, explica Lorena Queiroz, estagiária da Forno D´Oro.

Outros acreditam que o estágio possibilita seu desenvolvimento no relacionamento interpessoal e trabalhos em equipe. “O estágio agrega experiência à minha carreira porque tenho a oportunidade de lidar diariamente com a equipe de produção de uma padaria”, pondera Raquel Ferreira, da Panezito.

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