quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Faltam 10 mil padeiros na cidade de São Paulo




Para suprir carência de profissionais qualificados, sindicato do setor criou escola móvel

Raphael Hakime, do R7


A cidade de São Paulo precisa de aproximadamente 10 mil padeiros, segundo projeção do presidente do Sindipan (sindicato dos donos de padarias do Estado de São Paulo), Antero José Pereira. Entre esta terça-feira (20) e sexta-feira (23), o setor realiza uma feira na capital paulista com cerca de 300 expositores.

- A cidade de São Paulo absorveria mais 10 mil funcionários agora. Isso porque temos 5.000 padarias e, certamente, cada uma delas contrataria mais dois padeiros se tivéssemos uma mão de obra qualificada. Se pensarmos no Estado todo, teríamos 15 mil ou 20 mil vagas ao todo para esse público, lembrando que predominam as padarias mais populares no interior de São Paulo.

Para quem estiver de olho nas oportunidades do setor, vale a pena correr atrás porque os salários são atraentes. Segundo o presidente do Sindicato, um confeiteiro de uma padaria bem localizada e famosa pode ganhar até dez salários mínimos na capital paulista – R$ 5.100.

- O salário depende, mas há confeiteiros que ganham até R$ 5.000. Em média, entretanto, eles ganham cerca de R$ 2.000. Se for gerente de padaria, ganha cerca de R$ 2.500. Mas vale lembrar que o salário inicial na padaria é de R$ 780.

Como falta profissional no mercado, a atual preocupação dos empresários da área é incentivar o treinamento de novos profissionais.
Para isso, o Sindipan lançou uma escola móvel de panificação, que funciona sobre o chassi de uma carreta de 15 m de comprimento. Segundo Pereira, a escola móvel tem como público alvo os donos ou funcionários de padarias.

- A escola custou aproximadamente R$ 1 milhão e começa a circular no dia 2 de agosto em um mercado da zona leste de São Paulo, no bairro de Sapopemba, onde vai ficar por 20 dias. Serão oferecidos cursos de curta duração, principalmente de aprimoramento para mão de obra já existente dentro da padaria, ou seja, desde o trabalhador até o dono da padaria poderão fazer os cursos.

O presidente do sindicato explica que haverá cobrança de matrícula ou inscrição para fazer os cursos, já que a iniciativa se destina aos profissionais que já estão no mercado.

- A escola móvel, que comporta 25 alunos por aula, só vai circular na periferia de São Paulo, que carece de mão de obra qualificada. Os cursos podem ser pagos, porque temos que pagar os professores, temos a locomoção do caminhão. O valor será simbólico de cerca de R$ 25.

O setor

Existem hoje cerca de 12.830 padarias no Estado de São Paulo, que geram aproximadamente 200 mil empregos diretos.

No país todo, há cerca de 63,2 mil panificadoras, que são frequentadas por 40,42 milhões de consumidores, segundo o sindicato. Esse público gera um faturamento anual de R$ 44,98 milhões, sendo que R$ 21,1 milhões são gerados pela produção própria, diz Pereira.

- No Brasil inteiro, temos 700 mil trabalhadores diretos [em padarias e confeitarias] e 1,7 milhão de indiretos [que prestam serviços], além de cerca de 127 mil pequenos empresários.

A maioria das padarias brasileiras está na região Sudeste – 43% delas estão em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro ou Espírito Santo. Depois vem o Nordeste, com 24%, Sul, com 22%, Centro-Oeste, com 7% e, por fim, o Norte, com 4%.

De acordo com o presidente do sindicato, cada consumidor visita as padarias de São Paulo ao menos 16 vezes por mês.

- Só em São Paulo, são produzidos 15 milhões de pãezinhos franceses por dia.

Fonte: r7.com

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