segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Padarias têm 10 mil vagas abertas em São Paulo

LIGIA TUON- Padeiros, confeiteiros, chefs de cozinha e atendentes estão sendo procurados pelo setor de padarias. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), há uma carência de pelo menos dez mil pessoas para essas funções na Grande São Paulo. A falta maior é na parte de produção de pequenas e médias empresas, que empregam hoje 32,4% dos funcionários do ramo. O gargalo no setor se dá, principalmente, pela falta de mão de obra qualificada, já que é uma área que se modernizou e cujo faturamento cresce mais de 10% ao ano desde 2007. “O setor é puxado pela oferta de novos serviços no setor alimentício”, explica Márcio Rodrigues, diretor técnico da Abip. “A grande tendência é que as padarias não vendam somente pão e leite. E sim café da manhã, almoço, produtos de adega e outros, de forma que fique mais conveniente para o consumidor.” De acordo com Rodrigues, a carência, principalmente, por padeiros, confeiteiros e chefs de cozinha cresceu tanto nos últimos dois anos que os salários dessas funções subiram 30%, em média. “Hoje, dependendo do tamanho da padaria e da sua localização, um funcionário do setor da produção pode ganhar até R$ 5 mil”, afirma o diretor da Abip. A tendência de as panificadoras se modernizarem para não perderem espaço do mercado, além de passar pelo obstáculo da mão de obra, inclui também o cuidado para não perder o foco do serviço. “Pelo menos 50% do faturamento da padaria tem de vir do que ela fabrica. Se perder o foco, perde também seu poder de concorrência e pode ser engolida pelos supermercados”, aponta o presidente da Abip, Alexandre Pereira. Fátima Oliveira Dias, proprietária da Panetteria ZN, padaria que fica na zona norte da capital há 16 anos, percebeu que seus clientes tinham novas exigências e, para acompanhá-los, teve de reformar seu estabelecimento. Em dois anos, ampliou o espaço da padaria de 50 m² para mais de 1.000 m² e investiu em novos serviços. “Hoje ninguém mais quer comprar pão e levar para casa. Quer comer aqui mesmo. Além de vender o pão, abrimos uma parte de restaurante que serve pizza, buffet e almoço”, conta a empresária. Segundo Fátima, o lucro da Panetteria ZN aumentou 200% nos dois últimos anos. Mas ela também teve que investir em outros diferenciais para o serviço. “O público se preocupa muito com o que está comendo. Por isso, criamos um programa de vida saudável, com a ajuda de nutricionistas. Com isso, fazemos muitos eventos, patrocinamos corridas e educamos as pessoas a se alimentarem de forma saudável.” Capacitação Para ajudar os empresários, o Sindipan oferece cursos de capacitação profissional pelo FUNDIPAN/IDPC - Instituto de Desenvolvimento da Panificação e Confeitaria (confira a programação de cursos do IDPC no site: http://www.fundipan.org.br). Outra boa dica são os cursos rápidos promovidos na Escola Móvel que percorre diversas regiões em São Paulo. Neste mês de fevereiro ela está montada no Mercado Municipal de São Paulo (confira a programação da Escola Móvel no link: http://www.sindipan.org.br/portal/files/agenda-escola-movel.jpg). Já para os profissionais que desejam se atualizar no preparo do pão francês, o Sindipan em parceria com o SENAI da Barra Funda desenvolveram o projeto PROPAP - Programa de Qualidade do Pão Francês. O projeto tem como objetivo oferecer cursos de qualificação e atualização profissional a todos os associados ao SINDIPAN. (Para informações sobre o treinamento entre em contato no (11) 3826-6766 falar com Denise do Treinamento). Fonte: Jornal da Tarde (com adaptações) – 10/02/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário